sábado, 10 de maio de 2014

Fórmulas para a Felicidade

Se perguntarmos à maioria das pessoas qual é o seu maior desejo, certamente nos dirão que é «ser feliz».

Mas a felicidade é também o nosso sonho mais difícil de realizar. Dádiva dos deuses? Uma capacidade inata que apenas meia dúzia de eleitos possui? Ou mera reação a condições de vida privilegiadas?

Até há bem pouco tempo as reflexões sobre esta temática não eram consensuais quanto à verdadeira natureza da felicidade, mas agora uma nova abordagem - baseada em descobertas recentes realizadas por cientistas, médicos, fisiologistas, psicólogos e especialistas em comportamento - vem abrir novos horizontes e revela-nos que, afinal, é possível pesquisar, em termos científicos, a questão da felicidade.

Atualmente, temos até fórmulas que nos ensina a ser felizes. Veja, a seguir algumas dessas fórmulas.
Vale a pena conferir!

1ª Fórmula que selecionamos
O que Stefan Klein nos apresenta em seu livro – A Fórmula da Felicidade - é justamente essa viagem de descoberta que nos revela, pela primeira vez, o que é de fato a felicidade, como pode ser aprendida e quais os fatores que mais contribuem para a sua realização.

2ª Fórmula que selecionamos
     O        +       
(N x S)
+   Com/T
 +   He
O é o valor de estar ao ar livre.
N é natureza.
S é interação social
Com é memórias da infância.
T é temperatura
He é alegria
de estar em férias.

O psicólogo britânico Arnall Cliff chegou a conclusão que a felicidade é mensurada através de uma equação simples, como a mencionada acima.

 Essa formula tem alguns fatores limitantes a felicidade constante. Afinal não estamos de férias todos os dias, portanto crie você mesmo a sua formula, tentando sempre buscar alegria todos os dias, independente das situações. Uma dica interessante do Dr Arnall é abusar das coisas simples como, estar ao ar livre, natureza, memórias de infância para alcançar esse tão desejado estado.

Fonte:Espalhafatos Ano 2-Nº12-março 2013.



3ª Fórmula que selecionamos

F = G + C + A
Sendo F = Felicidade, G = Genética (50%), C = Condições como idade, sexo, estado civil e moradia (10%), A = Atividades como se exercitar, fazer um curso ou viajar (40%).

   Já não é de hoje que buscamos a fórmula da felicidade. Todos queremos saber como se faz para ser feliz. Como não poderia deixar de ser, pesquisadores da psicologia positiva como Martin Seligman (2002) e Sonja Lyubomirsky (2008), dentre outros, resolveram participar desta busca e propuseram uma fórmula. Eles concluíram que fatores como genética, circunstâncias da vida e atividades intencionais influenciam diretamente na nossa felicidade. Compreender e adequar nosso cotidiano a essa fórmula nos permitirá uma felicidade mais constante e que poderá ser aumentada gradativamente.
Genética
          A primeira parte desta equação se refere às limitações que nossa genética impõe a felicidade. Ela é responsável por cerca de 50% desta. A fórmula indica que temos uma faixa fixa e amplamente herdada da qual nunca vamos fugir (Lyubomirsky, 2008).

Embora possa parecer ruim, isso nos protege nos priores momentos, pois sempre vamos voltar a nosso nível usual de felicidade. É uma espécie de molde genético. Quanto mais conhecermos esse molde, mais poderemos tirar proveito dele nos mantendo no nível mais alto de felicidade.

Circunstâncias de Vida
          A segunda parte da equação se refere às circunstâncias de vida. São elementos externos como dinheiro, casamento, vida social, emoção negativa, idade, saúde, religião, educação, clima, grupo étnico e gênero. Embora alguns destes elementos possam mudar a vida para melhor, a má notícia é que costuma ser impraticável ou custar caro realizar estas mudanças. Vejamos o que as pesquisas apontaram (Seligman, 2002).
         
 No que diz respeito a dinheiro, Seligman afirma que “o poder geral de compra do país e a satisfação média com a vida caminham decididamente na mesma direção”. Entretanto, essa correlação desaparece a partir de certo valor. As diferenças de país para país são mais difícil de estabelecer, pois é necessário observar as outras circunstâncias citadas anteriormente.
          No item casamento, existe uma contribuição expressiva quando ele está associado a uma relação que é fonte de prazer e não apenas uma obrigação social. Cabe observar que os valores referentes ao casamento variam entre as diversas culturas. No contexto da vida social tudo indica que pessoas mais felizes passam menos tempo sozinhas e tem uma convivência social maior. O que não dá para afirmar é se as pessoas convivem mais porque são felizes ou se é a felicidade que gera uma maior convivência.
          
Embora exista uma crença popular que o sofrimento impede a alegria, as pesquisas não confirmaram isso. Elas apontaram apenas uma correlação moderada entre emoções negativas e positivas. Uma dose grande de sofrimento diminui a alegria, mas não nos impede o acesso à felicidade. O contrário também é verdadeiro, a felicidade não garante que nunca teremos momentos tristes. Outro dado interessante é que as mulheres experimentam mais emoções negativas e positivas que os homens, com mais freqüência e intensidade.
         
 No elemento idade, a idéia de que o jovem é mais feliz não se mostrou verídica. O mesmo aconteceu com o estigma do velho ranzinza que reclama de tudo. O que muda com a idade é a intensidade das emoções. Os extremos vão ficando cada vez mais raros.
         
 A saúde se mostrou um elemento subjetivo. A percepção e a capacidade de adaptação a uma adversidade variam de pessoas para pessoa, e isso vai interferir diretamente em nossa felicidade. Uma doença moderada não acarreta obrigatoriamente infelicidade, mas uma doença grave sim.
          
A religião é acusada de gerar culpa, repressão da sexualidade, intolerância, e autoritarismo. Entretanto, as pesquisas indicam que os indivíduos religiosos são um tanto mais felizes e satisfeitos que os não religiosos. Para Seligman (2002), a razão disso é que elas infundem esperança no futuro e dão significado a vida. Uma pesquisa com onze importantes religiões mostrou que quanto mais fundamentalista a religião, mais otimista são seus fiéis.
          Educação, clima, grupo étnico e gênero não apresentaram muita importância na contribuição para felicidade.

Circunstância de Vida
Efeito sobre a felicidade
Democracia rica versus Ditadura pobre
Efeito intenso
Ganhar mais dinheiro
Pouco ou nenhum efeito a partir de certo valor
Casar-se
Efeito forte dependendo do contexto
Estabelecer uma rica rede social
Efeito forte
Evitar eventos e emoções negativas
Efeito moderado
Envelhecer
Menor intensidade das emoções com o tempo
Estar saudável
Depende da percepção e da capacidade de adaptação de cada um – item subjetivo
Ter uma religião
Efeito moderado
Conseguir o máximo possível de instrução
Nenhum efeito
Fazer parte de um outro grupo étnico ou mudar-se para um clima mais ensolarado
Nenhum efeito
Quadro 1: Influência das circunstâncias de vida na felicidade
          Mesmo que todas as circunstâncias externas nos favorecessem, ainda assim elas responderiam por apenas 8 a 15% de nossa felicidade.
Atividades Intencionais
          Por último, e mais importante, estão às atividades voluntárias, aquelas que dependem de nossa ação e que representam 40% da felicidade. Elas podem criar uma mudança sustentável e gerar algo mais que prazer passageiro.
         
Segundo Seligman (2002), o primeiro passo é entender que nossas emoções positivas estão ligadas ao passado, ao futuro ou ao presente. Ao conhecer o modo como sentimos (passado), pensamos (futuro) e vivemos (presente), podemos redefinir nossas emoções direcionando-as de maneira mais positiva.

Passado
          As emoções relativas ao passado vão de contentamento, serenidade, orgulho e satisfação a uma amargura irremediável ou uma raiva vingativa. Estas emoções são fortemente determinadas pelas ideias que temos do passado. O ponto central é que quanto mais eu acreditar que o passado determina o futuro, maior será a tendência de deixar as emoções de lado e de viver a deriva. Eis ai a razão da inércia de muita gente. Para Seligman, “...eventos negativos na infância não levam necessariamente a problemas na idade adulta... Os efeitos do passado foram superestimados”. As pesquisas apontaram que a genética tem um efeito muito maior sobre nossa felicidade que as experiências do passado.
          
No geral, em relação ao passado, apreciamos muito pouco os acontecimentos positivos e damos uma ênfase excessiva aos negativos. Existem duas maneiras de mudarmos isso, segundo Seligman (2002). A primeira atividade intencional que pode gerar emoção positiva é a gratidão, pois ela aumenta a apreciação dos eventos positivos vividos. A segunda é através do perdão, já que este diminui o poder que os acontecimentos negativos têm de instilar amargura e permite reescrever a história, transformando más lembranças em boas.
          
No que diz respeito à gratidão, Seligman propõe dois exercícios. Um deles é escrever uma carta, que deve ser lida pessoalmente, para alguém importante de seu passado e que não sabe que teve essa importância. O outro é registrar ao fim do dia, durante duas semanas, os bons acontecimentos. Nos dois casos ele propõe que façamos uma avaliação de nosso nível de satisfação antes e depois do exercício.
          
No que diz respeito ao perdão, a idéia é re-significar as memórias de eventos desagradáveis. Inicialmente precisamos entender porque nos apegamos tanto as lembranças amargas do passado. Algumas razões apontadas começam pelo fato de acharmos injusto perdoar. Como é possível perdoar alguém que fez mal a mim ou a outra pessoa? Isso não seria uma forma de permitir que ela continue a fazer mal aos outros? Ela não merece ser punida? Esse raciocínio nos leva a achar a idéia do perdão injusta. Seria como virar cúmplice do culpado e uma falta de amor pela vítima. O perdão impede a vingança que, nesse momento, é vista como justa e natural. Entretanto o perdão leva a neutralidade. Ele quebra a retroalimentação da emoção negativa. A saúde física de quem perdoa em geral é melhor. Uma técnica usada para ajudar na mudança da lembrança através do perdão é o Processo REACH.  Ele consiste de 5 etapas: Recordar-se da ofensa, Empatia para entender o ponto de vista do outro, Altruísmo para tentar sobre pairar a questão,Compromisso com o perdão e Honrar a opção pelo perdão.
          Resumindo, em relação ao passado, temos 03 estratégias para aumentar a satisfação. A primeira é abandonar a idéia de que o passado determina o futuro (intelectual), a segunda é aumentar a gratidão (emoção) e a última é aprender a perdoar (emoção).
Futuro
          Algumas das emoções relativas ao futuro são a fé, a confiança e a esperança. Para qualificarmos a esperança devemos começar afastando as idéias pessimistas. Quando outra pessoa nos faz uma acusação, geralmente conseguimos um resultado melhor que aquele que assume a forma de autoacusação. O problema é que temos maior dificuldade em conseguirmos um distanciamento quando as acusações partem de dentro. Para Seligman (2002), “nossas explicações reflexivas são, em geral, distorções. Não passam de maus hábitos de pensamento...”. Precisamos reconhecer estas acusações para depois tratá-las como se viessem de outra pessoa. São apenas crenças que merecem ser checadas quanto a sua veracidade. Devemos contestar crenças para depois por esta contestação em prática.

Primeiro, com o objetivo de reconhecer as acusações, propõe-se as seguintes técnicas:
  • Registrar 05 eventos adversos ao longo dia e contestá-los (durante uma semana);
  • O Modelo dos 05 Cês (Contrariedade, Crença, Conseqüências, Contestação e Capacidade) (vide exercícios neste site).
Para uso específico na hora da contestação, eis quatro etapas a serem seguidas:
  • Evidência – Quais as evidências para esta crença?
  • Alternativas – Entre as causas, por que se apegar a pior? Buscar as alternativas mutáveis, específicas e não pessoais;
  • Implicações – Quais as piores possibilidades? Descatastrofizar;
  • Utilidade – De que adianta insistir/ficar sofrendo? Como começar a mudar?
Presente
          A compreensão clara sobre a felicidade no presente está intimamente ligada a nossa capacidade de distinguir lucidamente entre Prazer e Gratificação.

Prazer
          No caso dos prazeres a satisfação tem claros componentes sensoriais e fortemente emocionais. São passageiros e envolvem pouco ou nenhum raciocínio.

          Existem três conceitos que podem contribuir para aumentar a felicidade momentânea em nossa vida:habituação, apreciação e atenção.
          A habituação estabelece que o mesmo prazer repetido com freqüência perde o efeito. Este processo de adaptação é um fato neurológico intocável da vida. No cérebro, quanto mais redundante o evento, mais ele se mistura a um fundo nebuloso. Aqui o fator tempo é crucial. Por isso, é importante intercalar o prazer com períodos de tempo mais longos que geralmente fazemos. Procurar descobrir o intervalo de tempo ideal para manter longe a habituação e pegar a si mesmo de surpresa, é uma boa estratégia.
          No que diz respeito à apreciação, a rapidez da vida moderna e nossa extrema preocupação com o futuro podem se insinuar de modo a empobrecer nosso presente. Estamos sempre em busca de fazer mais em menos tempo. Para Fred B. Bryant e Joseph Veroff, a apreciação (Savoring) é a atenção deliberada e consciência diante da experiência do prazer. Eles propõem 05 técnicas visando à promoção da apreciação:
  • Partilhamento – compartilhar uma experiência com outra pessoa;
  • Formação de memória – fazer uma fotografia mental ou guardar uma lembrança concreta;
  • Autocongratulação – orgulhar-se e falar a si mesmo;
  • Aguçamento das percepções – buscar uma visão ampla do contexto sem perder o foco nos detalhes e nas inter-relações;
  • Absorção – deixar-se envolver completamente não pensando, apenas sentindo.
          A implantação da idéia da atenção começa com a observação que a desatenção permeia muito da atividade humana. Costumamos agir e interagir automaticamente sem pensar. Precisamos mudar de perspectiva. A atenção redobrada ocorre muito mais quando estamos num estado de espírito de tranquilidade do que quando se vive as experiências com pressa e preocupação com o futuro.
          Finalizando a questão do prazer, ele nos leva a uma vida que chamamos de “Vida Prazerosa”.
Gratificação
As gratificações são atividades que gostamos muito de praticar, mas que não são sempre acompanhadas por qualquer sensação física ou componente sensorial. Elas têm uma duração maior que o prazer, envolvem raciocínio e interpretação, mas não criam hábito facilmente. Talvez o maior diferencial entre elas e o prazer esteja no fato de serem apoiadas em nossas forças e virtudes.
          A concentração total, a suspensão da consciência e a plenitude que a gratificação produz é que definem o gostar dessas atividades. “Na verdade, a imersão total bloqueia a consciência, e há uma completa ausência de emoções... essa distinção é a diferença entre a vida boa e a vida prazerosa.” (Seligman, 2002). O pesquisador Csikszentmihaly, em seu livro A Descoberta do Fluxo (1999), descreve o que ele chama de Flow. No Flow, não percebemos a passagem do tempo e fazemos exatamente o que queremos desejando que não termine nunca. Enquanto no prazer existe um consumo e uma ausência de construção, sem investimento e sem acumulo, no Flow parece existir a construção de um capital psicológico.
         
 “A crença de que podemos alcançar a gratificação por caminhos mais curtos e evitar o exercício das forças e virtudes pessoais é uma tolice...” (Seligman, 2002). Para entendermos o que é felicidade precisamos distinguir entre prazer e gratificação, precisamos saber distinguir entre vida prazerosa e vida boa.

Prazer
Gratificações
Fortes componentes sensoriais e emocionais
Não são necessariamente acompanhadas por qualquer componente sensorial – emoções podem estar ausentes
Passageiro
Duram mais que o prazer
Pouco ou nenhum raciocínio
Envolve raciocínio e interpretação
Cria hábito facilmente
Não cria hábito facilmente
Apóia-se na satisfação imediata
Apoiado em forças e virtudes
Consumo, sem investimento e sem acúmulo
Construção
Habituação, apreciação e atenção
Flow
Exemplos: comer, massagem, orgasmo
Exemplos:
Vida Prazerosa
Vida Boa
Quadro 2: diferenças entre prazer e gratificação

Conclusão
          Um bom percentual de nossa felicidade (40%) depende diretamente de nossa vontade. Como vimos, dentro do uso dessa vontade, algumas ações vão levar ao prazer e outras a gratificação. Entretanto, os prazeres costumam ser intensos e imediatos, surgindo facilmente e indo embora de forma rápida, sem deixar realizações ou algo construído. São mero consumo de energia. Por outro lado, as gratificações exigem esforço e habilidade no uso de nossas forças pessoais. Embora seus resultados sejam duradouros e conquistados a médio e longo prazo, estes são fontes constantes de felicidade. Quanto menos atalhos procurarmos, melhor!

A fórmula acima mencionada foi descrita por Adriano Oliveira
Fonte: http://www.psimais.com/v1/artigos/a_formula_da_felicidade/a_formula_da_felicidade.html


E você, já tem sua fórmula para ser feliz?